ESCOLA DE FORMAÇÃO POLÍTICA DA CLASSE TRABALHADORA - VÂNIA BAMBIRRA
qua., 17 de ago.
|Sala do Zoom
Circulação da Balbúrdia - Aline Fortunato
Memória, trabalho e cidade: contribuições para o debate contemporâneo sobre o lugar da classe trabalhadora.
Horário e local
17 de ago. de 2022, 19:00 – 21:00
Sala do Zoom
Sobre o evento
Convidamos a doutoranda Aline Fortunato para debater o tema do seu artigo intitulado "Memória, trabalho e cidade: contribuições para o debate contemporâneo sobre o lugar da classe trabalhadora", publicado em 2021 na revista Cantareira.
Aline é arquiteta e urbanista formada pela Universidade de São Paulo (2010-2016) e pela École Nationale Supérieure d'Architecture de Grenoble (2013-2014). Mestre em Urbanismo pelo PROURB/UFRJ (2018-2020), atuando em pesquisas sobre patrimônio cultural, classe trabalhadora, memória operária e espaço urbano periférico no capitalismo dependente. Doutoranda em Urbanismo no PROURB/UFRJ (2022), atualmente desenvolve pesquisa sobre classe, tecnologias digitais e espaço urbano.
Resumo do artigo
Este artigo traz um debate acerca da memória e do direito à cidade como meios de identificar conflitos e contradições presentes na história urbana e no modo de produção capitalista através de uma leitura articulada da realidade da classe trabalhadora, vislumbrando caminhos para compreender e enfrentar suas transformações no cenário contemporâneo. São questionados os consensos historicamente estabelecidos por tradições hegemônicas que camuflam os conflitos que permeiam a trajetória da classe e a produção do espaço. Para isso, retoma-se o processo de consolidação do patrimônio industrial a partir de 1950 até sua difusão no Brasil e no Rio de Janeiro nas últimas décadas, analisando o lugar ocupado pelo trabalhador nesse processo. São trazidos cenários da memória operária carioca que demonstram o apagamento, a pluralidade e a complexidade da classe. Por fim, apresenta-se o exemplo de Bangu, bairro da zona oeste do Rio de Janeiro, através de diferentes perfis de trabalhadores e de sua relação com o patrimônio e a memória.
Çírculação da Balbúrdia
A “Balbúrdia” se tornou um símbolo involuntário das universidades públicas. O estandarte de ouro do ex-Ministro Weintraub para justificar o corte do orçamento dessas instituições, bem como de suas autonomias constitucionais. A propaganda vigorosa de difamação das universidades repercutiu em diversos dos aparelhos de propaganda do Estado, entre os quais os grandes jornais. Logo diversos editoriais clamaram pelo “fim da Balbúrdia”. Imagens das paredes de centros acadêmicos e edifícios abandonados foram banalizadas, notícias falsas e delirantes se proliferaram. O alinhamento é evidente: era preciso desmantelar o prestígio que essas instituições ainda detém diante da sociedade para extinguí-las. Mas que conhecimento é esse que se produz nas universidades e que é capaz de tirar o sono dos heróis da ordem e do progresso nacional? Deveríamos nós nos afastarmos de quaisquer depravações à intelecção da ordem? Deveríamos nos tornar cientistas brancos, de jalecos brancos, diante de quadros brancos? Muitos, dentre os quais entre nós, se agarram a essa imagem maculada da universidade como um espaço límpido de progresso e desenvolvimento. Nós, por outro lado, abraçamos a Balbúrdia.
O trabalho está disponível para leitura na Biblioteca da EFoP.
Ingressos
17/08 Circulação da Balbúrdia
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