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Circulação da Balbúrdia - Rejane Carolina Hoeveler
Circulação da Balbúrdia - Rejane Carolina Hoeveler

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Circulação da Balbúrdia - Rejane Carolina Hoeveler

(NEO)LIBERALISMO, DEMOCRACIA E "DIPLOMACIA EMPRESARIAL": A HISTÓRIA DO COUNCIL OF THE AMERICAS (1965-2019)

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27 de ago. de 2020, 19:00

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Sobre o evento

Circulação da Balbúrdia - Rejane Carolina Hoeveler

(NEO)LIBERALISMO, DEMOCRACIA E "DIPLOMACIA EMPRESARIAL": A HISTÓRIA DO COUNCIL OF THE AMERICAS (1965-2019)

Universidade Federal Fluminense (UFF)

A tese está disponível na Biblioteca da EFoP.

Rejane Carolina Hoeveler é professora substituta da Escola de Serviço Social da UFRJ. Doutora em História pelo Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal Fluminense (PPGH-UFF), mesma instituição em que concluiu o mestrado, também em História, em 2013. Bacharelou-se e licenciou-se em História na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Çírculação da Balbúrdia

A “Balbúrdia” se tornou um símbolo involuntário das universidades públicas. O estandarte de ouro do ex-Ministro Weintraub para justificar o corte do orçamento dessas instituições, bem como de suas autonomias constitucionais. A propaganda vigorosa de difamação das universidades repercutiu em diversos dos aparelhos de propaganda do Estado, entre os quais os grandes jornais. Logo diversos editoriais clamaram pelo “fim da Balbúrdia”. Imagens das paredes de centros acadêmicos e edifícios abandonados foram banalizadas, notícias falsas e delirantes se proliferaram. O alinhamento é evidente: era preciso desmantelar o prestígio que essas instituições ainda detém diante da sociedade para extinguí-las. Mas que conhecimento é esse que se produz nas universidades e que é capaz de tirar o sono dos heróis da ordem e do progresso nacional? Deveríamos nós nos afastarmos de quaisquer depravações à intelecção da ordem? Deveríamos nos tornar cientistas brancos, de jalecos brancos, diante de quadros brancos? Muitos, dentre os quais entre nós, se agarram a essa imagem maculada da universidade como um espaço límpido de progresso e desenvolvimento. Nós, por outro lado, abraçamos a Balbúrdia.

A EFOP propõe um novo espaço de formação acadêmica e política para disputar a a universidade: a Circulação da Balbúrdia. Um espaço de debate sobre a produção acadêmica de esquerda das universidades públicas brasileiras. É um espaço para os pesquisadores apresentarem e discutirem suas teses e dissertações e colocá-las em circulação.

Resumo da Tese

Esta tese trata da história do Council of the Americas (COA) desde sua fundação, em 1965, sob a iniciativa de David Rockefeller (e inicialmente sob o nome de Council for Latin America - CLA), até os dias atuais. O Conselho das Américas é, desde sua criação, a principal entidade associativa privada que organiza a ação política empresarial do capital estadunidense na América Latina. Busca-se identificar os principais atores, empresariais, políticos e intelectuais, que estiveram no centro da atuação deste aparelho ao longo dessas mais de cinco décadas de existência. Procuramos compreender continuidades e rupturas ideológicas que pautaram as modalidades de ação do Conselho, e a partir de matriz teórica marxiana e gramsciana, demonstrar a inserção deste aparelho privado de hegemonia na sociedade civil e na sociedade política (Estado ampliado), tanto nos Estados Unidos como nos mais diversos cenários nacionais latino-americanos, portanto, em âmbito transnacional (hemisférico). Buscamos explicar como, da colaboração com as ditaduras militares latino-americanas dos anos 1960 e 1970 – com destaque para a participação do Conselho na campanha que levou ao golpe de 1973 no Chile e as íntimas ligações com o regime instalado no Brasil após 1964 – à defesa de democracias restritas sob a batuta neoliberal, o discurso do Conselho sempre envolveu uma mistificação ideológica sobre uma suposta identidade de interesses comuns “hemisféricos”. Entendemos que, como propulsor do “livre comércio” interamericano e impulsionador de outros aparelhos empresariais, o Conselho faz uso de um conjunto de modalidades de ação que vai da propaganda para o grande público à estreita colaboração com agências de inteligência, constituindo-se como co-elaborador e co-operador privado central na política externa estadunidense para a América Latina. Analisamos sua propaganda positiva da “livre empresa” ou do “empreendedorismo”, associada a ferrenho anti-comunismo, e contrária a quase todas as reivindicações políticas populares desde nacionalizações a direitos sociais universais, considerados lesivos ao capital. Mais que precursora da chamada “responsabilidade social corporativa”, o Conselho das Américas atua como um intelectual coletivo que busca “educar” as classes dominantes latino-americanas, infletir a seu favor as políticas econômicas e sociais nos diversos países e, por fim, legitimar intervenções estadunidenses.

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